quinta-feira, janeiro 30, 2003

Perdido nos pensamentos...

15h10
Droga, queria demorar menos para entender certas coisas...
Pensando em fatos aleatórios lembrei de uma conversa no chat do tetrinet na madrugada de terça-feira, e só agora pouco (15h00) fui entender q o cara estava com uns problemas...
Ele falou explicitamente na hora, e eu ainda eu fiquei zoando por achar q não era coisa séria. Eu deveria pelo menos ter ligado isso ao fato de ele ter dito q estava fumando 2 maços de cigarro por dia.
Saí aquele dia sem nem perguntar o q tinha de errado com ele...

15h45
Lembrei de uma coisa... ontem (terça, 28-01-03) estava na sala de espera do oculista e algumas pessoas tb esperavam para ser atendidas. Eram duas mulheres e duas crianças, e parecia q apenas uma delas passaria no oculista. Era uma menina e estava chorando, pois por algum motivo não gostaria de estar lá ou ser examinada.
O outro era um menino. Depois de um tempo ele começou a dizer q queria passar no oculista tb, mas a mulher q era mãe dele não deixou:
ele: "Eu tb quero passar no oculista."
ela: "Não filho."
ele: "Mas eu quero."
ela: "Não, vc não pode."
ele: "Pq?"
ela: "Pq não."
ele: "Mas eu quero."
ela: "Não, o convênio não cobre."
ele: "Mas eu quero. O pai paga."
ela: "Não."

A conversa deles acabou aí. Depois eu fui atendido e fiz a dilatação das retinas para ser examinado. Como leva um tempo para que isso aconteça, tive q ficar esperando na sala de espera de novo. Havia novas pessoas, mas as duas mulheres e as duas crianças voltaram a aparecer, provavelmente tb esperando a dilatação dos olhos da menina.
E então o menino começou a mexer no interruptor da luz da sala, mas não chegou a apagar nem nada. Além dos interruptores normais, havia um controlador de intensidade e acho q isso chamou a atenção dele. Novamente a mãe chama a atenção:
ela: "Tira a mão daí."
ele: "Pq?"
ela: "Pq aí não é lugar pra criança mexer."
ele: "Mas eu quero."
ela: "Não, tira a mão daí e fica quieto." - aumentando o tom de voz
ele: "Pq?"
ela: "Pq não pode, senta aí e se comporta." - nervosa
ele: "Mas eu quero."
ela: "Senta aí!"

E o menino parou de mexer.
Claramente, o menino tinha argumentos muito mais convincentes q o da mãe...